Muitas sociedades criam mitos que dizem respeito a uma outra civilização, paralela, que habita algum espaço subterrâneo ou aquático e que terá uma origem num tronco comum, ancestral.
Essa comunidade alternativa é idealizada como mais avançada, pelo menos espiritualmente.
Atlântida, como arquétipo
Também dentro de cada um de nós é criada a ideia de um outro Eu. Um Eu subterrâneo, pagão, omnipotente, que ao emergir iria solucionar todas as falhas na nossa vida. Tal como Atlântida, o Eu mágico também habita o quase-inacessível.
É a consciência desta promessa de outra personalidade que nos move.
Monday, May 19, 2008
Thursday, May 1, 2008
sobre a probabilidade de dois mundos
Chegados a certa idade, surgem-nos estas duas possibilidades:
- O "mundo" é todo forjado; nada é real, mas apenas um filme feito de propósito para mim (para fazer alguma experiência, talvez)
ou
- Cada um tem a sua consciência, os seus medos, e está solto no mundo, tal como eu; tudo é real.
Mas não há uma verdadeira oposição entre estes dois cenários, pois o primeiro pressupõe o segundo, ou seja, uma realidade virtual pressupõe uma real que a construiu.
Por isso, a primeira possibilidade é muito menos provável que a segunda.
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